Bibliotecas acessíveis

uma realidade da EESC e do IQSC da USP

Resumo

Relato de experiência da execução do projeto de acessibilidade nas bibliotecas da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) do campus São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) para atender de maneira inclusiva o público com deficiência, quer seja visual, auditiva e /ou de locomoção, promovendo a igualdade de direitos e fomentando a inclusão social. O projeto foi aprovado no âmbito do Programa Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária - (Edital Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/Organização das Nações Unidas (ODS/ONU) – 2021) e está inserido no campo temático "1.1.10. Redução das Desigualdades" e visa atender às inúmeras situações de desigualdade, que abrangem tanto os aspectos socioeconômicos dos cidadãos quanto à acessibilidade das informações e do conhecimento. Dentre os objetivos específicos, o projeto visa atender os ODS 4 - Educação de Qualidade, ODS 9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura e ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis. As bibliotecas, enquanto espaços democráticos, devem promover a interação e disseminação do conhecimento, propiciando a todos o acesso aos serviços, produtos informacionais e a infraestrutura disponível. Assim, propôs-se a adequação das bibliotecas da EESC e do IQSC da USP aos requisitos de acessibilidade que envolvem as dimensões comunicacionais, instrumentais, arquitetônicos e atitudinais visando diminuir as barreiras para que as pessoas com deficiência visual, auditiva e /ou de locomoção possam desenvolver suas atividades acadêmicas, profissionais, de recreação e de lazer. Os procedimentos metodológicos para elaboração do projeto envolveram as seguintes ações: realização de um benchmarking das bibliotecas acessíveis em âmbito nacional e internacional; mapeamento da situação arquitetônica, instrumental, comunicacional e atitudinal das bibliotecas EESC e IQSC, utilizando o checklist da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB); consulta aos especialistas das associações de pessoas com deficiência da cidade (surdos, cegos e com mobilidade reduzida); realização de um curso básico de Libras com três turmas (60 alunos); produção de um vídeo institucional das bibliotecas com tradução em Libras; aquisição de itens de sinalização vertical e horizontal com Braille (placas para ambientes/salas, escadas, rampas, mapas táteis, sinalizadores de degraus, alarmes audiovisuais para banheiros e piso tátil interno); aquisição de kits de Tecnologias Assistivas. Espera-se que os resultados obtidos sensibilizem a comunidade acadêmica para as questões de acessibilidade, fornecendo aos futuros engenheiros e químicos modelos de inclusão para ambientes e serviços que incorporam os conceitos de desenho universal e rota e sinalização acessíveis, promovendo o compartilhamento do conhecimento gerado na Universidade.