O bibliotecário e a pesquisa terminológica com dados de prontuários na área de saúde
Palavras-chave:
Bibliotecário, Prontuário eletrônico do paciente, Terminologias clínicas, Terminologia de interface, Algoritmo, Ginecologia e ObstetríciaResumo
O objetivo desta pesquisa foi descrever a atuação do Bibliotecário em pesquisa com dados de prontuários no âmbito hospitalar. A justificativa se deve a importância por buscar formas de interoperabilidade entre terminologias clínicas e, com isso, possibilitar a geração de produtos de inovação para auxílio ao profissional de medicina na melhor notificação no Prontuário Eletrônico do Paciente. Em termos de metodologia de pesquisa analisou o que se convencionou chamar de Terminologia de Interface, representada nas anamneses e evoluções clínicas do domínio da Ginecologia e Obstetrícia. A amostra foi composta de 18.256 anamneses e 14.035 evoluções do ano de 2018 e, para a extração de termos, foram criados algoritmos em linguagem Python. Os resultados quantitativos foram representados em tabelas e no formato de nuvem de palavras. Concluiu-se que há uso excessivo de siglas e abreviaturas nos prontuários, sendo necessária a criação de vocabulários controlado e dicionários para compreensão destes termos. Neste contexto, o Bibliotecário se configura como um profissional importante na organização e recuperação do conhecimento em saúde.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.230 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 82 p. (C. Projetos, Programas e Relatórios). Disponível em : http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf. Acesso em 08 jan. 2020.
CAMPOS, M.L.A. Linguagem documentárias: teorias que fundamentam sua elaboração. Niteroi (RJ): EdUFF, 2001. 133p.
CHAPMAN, W.W.; et al. A simple algorithm for identifying negated findings and diseases in discharge summaries. Journal of Biomedical Semantics, London, v.34, n.5, p.301-10, 2001.
CONEGLIAN, C. S.; GONÇALEZ, P. R. V. A.; SANTARÉM SEGUNDO, J. E. O Profissional da Informação na Era do Big Data. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, 22, n. 50, p. 128, 2017.
COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS (CONITEC) Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. Brasília: Ministério da Saúde, maio 2016.399p. (Relatório de recomendação, nº 211).
DALIANIS, H. Medical Classifications and Terminologies. In: DALIANIS, H. Clinical Text Mining: Secondary Use of Electronic Patient Records. [s.n.], 2018a. Cap. 5 Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-78503-5>.>. Acesso em: 2 jan. 2019.
FOX, S.; DUGGAN, M. Health Online 2013. Pew Research Center’s Internet & American Life Project. January 15, 2013. Disponível em: https://www.pewinternet.org/2013/01/15/health-online-2013/. Acesso em: 20 out. 2019.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. 207 p.
HERSH, W.R. Information Retrieval for Healthcare. In: REDDY, Chandan K.; AGGARWAL, Charu C (Eds.). Healthcare Data Analytics. Boca Raton, Florida (USA): Chapman and Hall/CRC, 2015. 760p.cap. 14.
HERSH, W.R. Information Retrieval: a Health and biomedical Perspective. 2nd ed. New York: Springer, 2003. (Health Informatics, formely computers in Health Care).
MANNING, C. D.; SCHÜTZE, H. Foundations of statistical natural language processing. Cambridge Massachusetts: MIT press, 1999.620p.
MATOS, Margarida S.; et al. Manual de Ginecologia.Salvador:EBMSP,2017.
PEIXOTO, Sérgio. Manual de assistência pré-natal. 2ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2014.
RECTOR, A. L. Clinical Terminology: Why is it so Hard? Methods of Information in Medicine, Stuttgart, v.38, p.147-157, 1999.
SCHULZ, S.; et al. Interface Terminologies, Reference Terminologies and Aggregation Terminologies: A Strategy for Better Integration. Studies in Health Technology and Informatics, Amsterdam, v.245, p.940-944.2017.
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS – SES/MG. ASSOCIAÇÃO DE GINECOLOGISTA S E OBSTETRAS DE MINAS GERAIS – SOGIMIG.ATENÇÃO À SAÚDE DA GESTA NTE. Novos Critérios para Estratificação de Risco e Acompanhamento da Gestante: PROGRAMA VIVA VIDA Projeto Mães de Minas, Maio 2013.
SHORTLIFFE, E.H.; BARNETT, G.O. Biomedical Data: Their Acquisition, Storage, and Use. In: SHORTLIFFE, E.H.; CIMINO, J.J. (Editors). Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 4th Ed. London: Springer-Verlag, 2014. Cap.2, p.46-79.
SOUZA, A.D. O discurso na prática clínica e as terminologias de padronização: investigando a conexão. 2021. Tese (Doutorado em Gestão E Organização do Conhecimento). Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento, Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021.Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/38044. Acesso em 13 jul. 2022.