Faróis possíveis para Ciência Aberta

traçando novos horizontes para bibliotecas universitárias a partir da Teoria Weberiana e da Agenda 2030

Autores

Palavras-chave:

Ciência Aberta, Bibliotecas Universitárias, Teoria Weberiana, Agenda 2030, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Resumo

Objetivo: propor categorias de desenvolvimento das Bibliotecas Universitárias sob a perspectiva da Ciência Aberta, utilizando os "tipos ideais" de Max Weber como ferramenta metodológica do trabalho com vista à Agenda 2030. Metodologia: adota-se uma abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva, pautada na análise conceitual e teórica. Resultados: define-se três tipos ideais de biblioteca: "Guardiã do Acervo" (Reativa); "Catalisadora da Transição" (Emergente); e "Hub da Ciência Aberta" (Proativa). Conclusões: a teoria weberiana oferece uma ferramenta conceitual valiosa para análise e as Bibliotecas Universitárias ocupam uma posição estratégica para a Ciência Aberta como catalisadora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Biografia do Autor

Carla Maria Martellote Viola, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)

Advogada e Publicitária. Doutora (2023) e Mestra (2018) em Ciência da Informação (PPGCI-Ibict/UFRJ), graduanda em Biblioteconomia (UNIASSELVI/2025), graduada em Direito (Universidade Santa Úrsula/1997) e em Comunicação Social/Propaganda e Publicidade (FACHA/1985). Pós-graduada em Gênero e Direito (EMERJ/2018-2019), em Gestão Estratégica da Comunicação (IGEC/FACHA/2011) e Direito do Consumidor Responsabilidade Civil com complementação pedagógica (AVM/Candido Mendes/2015). Autora do livro 'A Voz e a Vez das Mulheres: Informação, política e direitos' e autora em parceria do livro 'Marcos Legais dos Direitos das Mulheres'. Pesquisadora dos grupos de pesquisa Perspectivas Filosóficas em Informação - Perfil-i (Ibict), BRIET: Biblioteconomia, Representação, Interoperabilidade, E-science e Tecnologia (Ibict) e Tecnologias para Construção de Observatórios (Ibict). Vice-Presidente da Comissão de Estudos sobre o Regime de Informação Jurídica e seus impactos no Direito (OAB-RJ). Atuação em projetos de pesquisa e grupos de advocacy sobre desinformação e direito das mulheres. Temas pesquisados: Observatórios públicos e privados, Desinformação, Direitos das Mulheres, proposições legislativas, informações legislativas, dados legislativos, Representação e Organização da Informação, Organização do Conhecimento, políticas públicas, Agenda 2030, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, sustentabilidade, ética da informação e transparência dos dados públicos. Experiência profissional na gestão de projetos em autarquias (DETRAN-RJ e IPEM-RJ) e na área jurídica como advogada e integrante das instituições OAB-RJ e IAB. Habilidade em planos de comunicação, elaboração de briefing e de cronograma de atividades. Experiência como docente no campo do direito com competência e habilidades em elaboração, planejamento e execução de plano de aula e de curso.

Milton Shintaku, Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia (Ibict)

Possui graduação (Licenciatura Plena) em Ciências e Habilitação em Matemática pelo Centro Universitário de Brasília - UNICEUB (1987), pós-graduação Latus Census em Análise de Sistemas pela Universidade Católica de Brasília (1987), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente é Tecnólogo no Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia - IBICT, coordenador de Tecnologias para Informação (Cotec). Credenciado no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação (PPGGI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Ingrid Torres Schiessl, Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia (Ibict)

Possui título de Mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB), obtido em 2020, e Graduação em Biblioteconomia pela de Brasília (UnB) concluída em 2014. Atualmente, é pesquisadora no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), onde se dedica à promoção de ferramentas livres para gestão de bibliotecas e a estudos sobre Ciência Aberta.

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Publicado

2025-11-15

Edição

Seção

Eixo 1 - Biblioteca e Sociedade