Racismo algorítmico, ciência aberta e o bibliotecário(a) como protagonista na promoção da justiça epistêmica
Palavras-chave:
Papel do bibliotecário, Racismo algorítmico, Ciência abertaResumo
O artigo discute o papel do bibliotecário (a) frente ao racismo algorítmico no contexto da ciência aberta. Argumenta que algoritmos reforçam desigualdades raciais ao automatizar vieses estruturais, enquanto a ciência aberta, se desprovida de crítica, pode reproduzir exclusões. Eles em alguma medida, podem promover a justiça epistêmica, por meio de práticas de mediação e descrição mais inclusivas. A partir de revisão de literatura, destaca a importância de políticas informacionais sensíveis à diversidade. Conclui que a ciência aberta efetivamente democrática exige ações críticas frente às infraestruturas algorítmicas e o protagonismo dos profissionais da informação na construção de ecossistemas mais justos.
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